Criei esse Blog a pedido da minha esposa e gostei da ideia.
Pretendo publicar minhas fotos e comentar como qualquer um pode ser fotógrafo e ganhar dinheiro com isso.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sangue frio (Parte 2)

Apenas completando o outro post.
Não tenho sangue frio pois me deparei em uma outra situação e fiquei na dúvida do que fazer.
A história é assim:
Acredito que todos os desencontros e atrasos que temos em nossa vida tem uma causa maior, as vezes nos atrasamos um pouco e perdemos o ônibus e no próximo encontramos alguém que a muito procurávamos e não tínhamos a oportunidade de se encontrar, ou até mesmo encontramos a pessoa de nossa vida em um simples desencontro ou em um atraso não planejado.
Mas em fim, para evitar uma situação acabei trocando o trajeto que sempre realizo quando vou buscar meus filhos na creche de carro. Essa troca de trajeto fez com que encontrasse minha sogra e perdesse um pequeno tempo de minha viajem de volta ao lar.
Com esse atraso pude presenciar uma situação de risco.
Me deparei com um fusca caindo aos pedaços andando pela estrada local em chamas no seu motor, como o motor do fusca é traseiro e em movimento a labaredas são sopradas para trás, não possibilitando que seu condutor possa ver o que esta acontecendo.
Com o carro em chamas em minha frente comecei a tocar a buzina insistentemente até que o veículo parasse, nesse momento as chamas ficaram mais forte pois a gasolina que estava caindo em seu motor ficou mais forte por se romper o filtro de combustível que fica logo ao lado do motor.
Nesse momento me deparei em 3 pessoas saindo correndo do carro e seu motorista ainda dentro do mesmo, imediatamente pequei minha câmera mas fiquei na dúvida, “EXTINDOR DE INCÊNDIO ou FAÇO A FOTO PARA O JORNAL LOCAL”.
Não deu outra, imediatamente entreguei a câmera para minha esposa que estava comigo e meus filhos e peguei o extintor.
Ao chegar perto relutando em descarregar meu extintor, pois nesse dia estava sem grana alguma para repor o mesmo “rsrsrsrsrs”, fui ao veículo, o motorista ainda estava tentando tirar algo de dentro do carro. Descarreguei o extintor no motor sem dó apagando o incêndio do veículo, quando o motorista saiu com uma moto-serra e um galão de combustível em suas mãos, percebi que fiz a coisa certa.
Às vezes uma boa foto pode custar a vida de alguém ou algo muito importante para outros.
Esses comentários não são contra fotógrafos jornalísticos mas sim de um fotógrafo que percebeu que não serve para a notícia e sim gosta de trabalhar com crianças, festas e reuniões, que gosta de registrar momentos inesquecíveis na vida das pessoas e momentos que serão lembrado para o resto da vida. Uma boa foto alimentará o ego de qualquer pessoa que tenha algo haver com o registro e isso é muito gratificante em nossa profissão.
Em contra partida após o fato ter ocorrido fica mais fácil cobrir uma reportagem, como o caso de uma carreta tombada na estrada, cujo acidente havia ocorrido a poucos minutos de minha chegada ao local, sem ferimentos ou danos pessoais fica tudo mais fácil.
No casso dessa carreta foi bom realizar uma cobertura, você é respeitado e tem a liberdade de registrar tudo e entrevistar a vítima.
Nesse caso me identifiquei e obtive alguns dados que não colocarei aqui por privacidade ao condutor, mas tive informações como, nome completo, estado civil, idade, trajeto de partida e destino, horário do acidente, causa do mesmo, material que estava sendo carregado, valor aproximado da carga, cobertura total ou parcial dos danos por seguro da empresa contratante e tudo mais que possibilitasse a cobertura da matéria jornalística, caso algum jornal se interessasse em comprar as fotos, mas como esse não é o meu verdadeiro ramo de atividade, acabei não dando tanto valor ao acidente e deixei de entrar em contato com o jornal local.








Dicas:

Minhas dicas aqui seriam as mesmas do postado na Parte 1 desse poste, mas um acréssimo nisso seria, pense sempre em salvar uma vida, ajudar o próximo, ser útil e não apenas que essa foto pode sair na primeira folha do jornal ou em um site da cidade.
A felicidade sua pode ser a desgraça de outros.